Artista prolífico e provocativo, que trata de temas universais como Direitos Humanos, Ai Weiwei talvez seja, hoje, uma das pessoas mais perigosas para o establishment chinês. Sua visão contestadora, militante e subversiva o fez um sério problema para o Governo, que já não pode eliminá-lo do tabuleiro devido ao enorme status artístico que alcançou no Ocidente.

 

Seus materiais artísticos e meios de expressão são os mais variados: blogs, murais, longas metragens, fotos, esculturas, vasos, papéis de parede, todos recorrem a novos e velhos símbolos que colocam o regime chinês em xeque no limite da liberdade de expressão. De mobiliários milenares e templos inteiros até uma extensa lista contendo milhares estudantes mortos em terremoto na China podem estar em uma de suas exposições.

 

Por isso Weiwei é um perigo. Seu nome não pode ser sequer ser pesquisado na internet na china, apesar de Weiwei ser um dos arquitetos que desenharam o estádio “Ninho do Pássaro”, a sede oficial das Olimpíadas de 2008 em Pequim. Ninguém na China pode saber que ele sequer existe.